data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Divulgação
Entre os hospitais que receberam a habilitação está o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)
O Ministério da Saúde publicou, nesta terça-feira, uma portaria que habilita 270 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Rio Grande do Sul. Fazem parte desta lista três hospitais de municípios da Região Central: Faxinal do Soturno, Cruz Alta e Santa Maria. Os leitos foram habilitados por meio do repasse de R$ 34,8 milhões (em parcela única) e passarão a receber pacientes em instituições hospitalares de 24 municípios.
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No início do mês, o governo do Estado havia anunciado que fariam o custeio das diárias de 136 leitos em cidades gaúchas - com recursos próprios - até que o Governo Federal encaminhasse os recursos e o processo de habilitação fosse concluído.
FAXINAL DO SOTURNO
De acordo com o documento publicado hoje, o Hospital de Caridade São Roque, em Faxinal do Soturno, teve os 10 leitos de UTI adulto já anunciados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) habilitados. Até o momento, segundo o administrador da instituição, Flavio Stona, apenas seis leitos são considerados prontos.
- Esses seis leitos foram equipados com respiradores, mas ainda faltavam outros quatro. Compramos os que faltavam para poder receber os pacientes de Covid. Dois chegam na próxima quinta-feira e outros dois na semana que vem. Depois disso vamos chamar as equipes e fazer o treinamento - explica.
Dois dos quatro respiradores que faltavam foram adquiridos com doações do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Santa Maria e do Poder Judiciário da Comarca de Faxinal do Soturno. Um foi custeado por uma empresa da cidade e o outro foi adquirido graças aos recursos arrecadados da comunidade, através de uma campanha feita pelo próprio hospital.
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A previsão é que os 10 leitos de UTI do Hospital de Caridade São Roque entrem em funcionamento daqui a duas semanas, quando todo esse processo tiver sido finalizado. Além desses leitos, o hospital conta com outros cinco leitos clínicos voltados ao atendimento de pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19, mas que, segundo a administração, felizmente não precisaram ser utilizados.
- Até agora, se surgisse um caso que necessitasse de UTI, nós teríamos que enviar para Santa Maria. Temos cinco leitos clínicos de média complexidade voltados à pandemia, com a possibilidade de ampliação. Mas ainda bem que até agora nós não tivemos nenhum caso que precisasse de internação - comenta Stona.
CRUZ ALTA
O Hospital São Vicente de Paulo, de Cruz Alta, também está na lista da portaria, com 10 leitos de UTI adulto habilitados. Segundo o diretor clínico Paulo Viecili, que também é o responsável pela unidade Covid-19, o hospital tem, até o momento, dois leitos de UTI funcionando, que serão desmobilizados para a pandemia no lugar dos novos.
- Na medida que esses leitos começarem a funcionar, os outros dois deixarão de existir e ficarão esses 10 habilitados. Os equipamentos já chegaram e estão montados - afirma.
Conforme a direção, a equipe de profissionais passou por treinamento na última segunda-feira e ontem, e hoje mesmo esses leitos já começam a funcionar. Além dos 10 de UTI recém habilitados, o hospital possui outros 20 leitos clínicos para a Covid-19. Até o começo da tarde de ontem, apenas dois estavam ocupados.
EM SANTA MARIA
Outra instituição que teve 10 leitos de UTI adulto habilitados foi o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Porém, esses leitos já estavam em funcionamento desde o começo de abril, após a chegada dos equipamentos enviados pelo governo do Estado.
Conforme a portaria do Ministério da Saúde, as únicas UTIs pediátricas liberadas pelo Governo Federal foram em Santa Rosa, com cinco leitos habilitados. O Husm chegou a mobilizar 10 leitos de UTI pediátrica para o combate à pandemia, que haviam sido montados com equipamentos do próprio hospital, em área isolada.
No entanto, segundo o chefe da Divisão Médica do Husm, Humberto Palma, sem a habilitação do ministério, o setor, que já chegou a ter três crianças internadas, será desmontado.
- Ali vai voltar a ser setor pediátrico normal. Temos que mobilizar equipes de limpeza, enfermagem, montar toda uma estrutura par atender esses pacientes, e essa estrutura precisa estar de prontidão. Dos 10, vamos ficar só com dois mobilizados - fala.